Filosofia inútil?
Tradicionalmente se diz que o termo Filosofia foi cunhado por Pitágoras, e, como muitos escritos antigos se perderam com o tempo, temos que nos contentar, em certos momentos, com a tradição.
A Filosofia surge num momento em que o homem passa a superar os problemas elementares de sua subsistência, as necessidades para a sua sobrevivência. Nesse sentido poderíamos dizer que a Filosofia é inútil, visto que ela não surge a partir de uma necessidade primordial e nem se presta a um utilitarismo.
Assim com a ciência, a filosofia busca um método racional para abordar a realidade, contudo não a fragmenta e nem o faz em função de uma finalidade, por isso se distingue da ciência.
Assim como a religião, ela também busca a totalidade, contudo almeja uma explicação estritamente racional, superando a visão mítica e a da simples crença (não desmerecendo, é claro, o valor da religião enquanto aspiração humana ao divino).
O saber da filosofia é um saber buscado pelo saber, como o da criança naquela conhecida fase dos “por quê”. Nós, com o tempo, passamos a não nos admirar com as coisas, e acabamos por aceitar tudo o que nos advém de maneira passiva. O ser humano, diante de tanta corrida pela subsistência tem deixado de ser sujeito para ser objeto, e ironicamente está voltando ao estado inicial da evolução humana. Apesar de não se limitar a uma utilidade, a Filosofia acaba fazendo com se resgate uma visão racional do mundo influenciando vários aspectos da vida humana, entre eles, a ética, a própria ciência, as artes, a política e etc. Veja o vídeo seguinte e reflita um pouco: https://www.youtube.com/watch?v=_iovOJQW4Y8
É nesse momento que eu faço um convite: que tal deixarmos o silêncio ignorante e olhar o mundo com os olhos de quem perscruta o sentido de todas as coisas? A partir de agora vamos conhecer quem foram as primeiras pessoas que enxergaram o mundo dessa maneira.